sábado, 11 de setembro de 2010

Escola de Rock

Uma comédia de sucesso inesperado, com Rock 'n' Roll na medida certa e de ótima qualidade para quem curte o gênero.
Dez vez enquanto surgem esses tipos de filme, assim, do nada. Tornam-se a sensação do momento nas bilheterias e meses depois conquistam o público em diversos outros países. É mais ou menos essa mesma a história de Escola de Rock, um filme que tinha tudo para dar errado como um qualquer outro chamado Doze é Demais, mas que, pelo contrário, possui um ótimo ritmo, um elenco muito engraçado e, claro, muito Rock N’ Roll.

Para um filme com orçamento baixo, poucas estrelas (ou nenhuma, deveria dizer, afinal, Jack Black ainda está longe de ser considerado um “astro”) e inúmeros jovens talentos que até então você não havia nunca em sua vida ouvido falar, Escola de Rock foi uma grande surpresa nos EUA ano passado, ficando por semanas e mais semanas entre o top dos cinco filmes mais assistidos nos Estados Unidos. Mas não é para menos também, pois possui um bom humor contagiante ao máximo, impossível não sair do cinema com um sorriso no rosto. Aliás, você sairá, e das duas uma: ou irá querer rever o filme, ou irá querer entrar na loja de cd’s mais próxima para comprar a ótima trilha sonora da película.

O filme é dirigido pelo norte-americano Richard Linklater (que em sua carreira só constavam títulos menores como Walking Life, conhecido, mas não fez sucesso o bastante) e conta a história de Dewey Finn, um cara apático, mórbido, sedentário (“largadão” como diriam) e completamente apaixonado por Rock. Dewey divide apartamento com seu amigo Ned Scheenebly (Mike White), ex-integrante e companheiro de rock e a namorada dele, a austera Rosalie Mullins (Joan Cusak). A relação entre eles por si só já é engraçada. Rosalie manda em Ned e esse, com seu estilão “nerd complexado”, gosta bastante do amigo Dewey. Entretanto, Dewey não consegue fazer dinheiro em sua atual condição (roqueiro) e Rosalie fica pressionando Ned para que ele coloque um ponto final na questão com seu amigo, para que ele saia do apartamento, divido pelos três.

Então, em uma bela tarde, Dewey atende a um telefonema que era destinado a Ned, e assume o papel do amigo numa rígida escola de ensino fundamental em sua cidade. Pronto, está armado o circo. O filme possui uma ótima química entre o professor substituto (Dewey) e as crianças do seu início ao fim. A interação entre eles é muito bem construída, cada um com seu papel, perfeito. Todos na turma chamam atenção por algum motivo especial, mas aqueles que mais me chamaram a atenção foram a menininha Summer (é impossível falar dela sem um sorriso no rosto), a produtora da banda e o estilista da banda. É impossível não lembrar de sua fala e começar a rir imediatamente: “Liza Minnelli”, hilário!

Claro que a atuação de Jack Black está longe de ser considerada excelente ou coisa parecida, entretanto, o ator surpreende a todos enquanto está cantando, principalmente ao final do filme, mas não vou estragar a surpresa de ninguém por aqui. Apenas como detalhe ou curiosidade, gostaria de mencionar que Mike White, que faz o papel do verdadeiro Ned Scheenebly, também é nada mais nada menos que o roteirista do filme. White também escreveu outras boas produções como Por um Sentido na Vida, com Jennifer Aniston e também é muito conhecido no meio televisivo por ter trabalhado durante algum tempo na consagrada série Dawson’s Creek.

Escola de Rock como crítica social

É claro que todo bom filme que envolva rock e (parte) de uma ideologia rebelde ou simplesmente “libertadora” , como o próprio personagem de Dewey prega, deve possuir no fundo no fundo alguma crítica dirigida para algo ou alguém. E em Escola de Rock a história se repete. Muitos provavelmente nem terão percebido a crítica que o filme faz, entretanto, ela é clara é nos é jogada na cara com muita franqueza. O filme retrata a relação “aluno-professor” nas escolas norte-americanas; e como esse relacionamento, com o passar do tempo, vem ficando cada vez mais e mais formal e, claramente, rígido. A parte em que a diretora do colégio começa a “desabafar” para Dewey em seu carro (“Sabe... Eu já fui uma pessoa mais liberal, os alunos gostavam de mim, mas hoje...”, etc) retrata bem isso. Outro ponto muito bem explorado no filme é a pressão que os pais dessas crianças fazem sobre esses colégios e, conseqüentemente, sobre seus próprios filhos. A crítica, se você for olhar com bons olhos, não é destinada apenas a um ponto ou outro em especial, mas sim a todo sistema rígido e competitivo educacional norte-americano. Palmas para o diretor Richard Linklater.

It’s a Long Way To The Top If You Want Rock N’ Roll

E claro, como estamos falando de um filme que tem seu enredo inteiro voltado ao rock propriamente dito, não poderíamos deixar de comentar um pouco da trilha sonora de Escola de Rock. Como já havia dito antes, Jack Black provou ser uma surpresa e tanto nos vocais do filme. Vamos começar pela melhor seqüência musical do filme mesmo: “It’s a Long Way To The Top”, interpretada por Jack Black, junto a toda banda. É simplesmente demais. É impressionante como eles conseguiram juntar aqueles talentos mirins para tocar uma canção de “Classic Rock” como essa. Mas, com certeza, o mais engraçado nessa música são as menininhas (o trio arrebenta) de “Back Vocal” fazendo solo ao final do filme (sim, quando já estão rolando os créditos). É demais, contagiante e divertido.

A música composta pela banda, intitulada também de ‘School of Rock’, também é bem legalzinha e fora escrita pelo próprio roteirista do filme, Mike White. O filme ainda conta com grandes nomes na trilha, como The Who (Substitute), The Doors (Touch Me), Led Zeppelin (Immigrant Song), Stevie Nicks (Edge of Seventeen) e o antológico Ramones (My Brain is Hanging Upside Down).

Dito tudo isso, apenas posso recomendar que você assista a Escola de Rock a qualquer momento que você esteja disposto a encarar uma comédia divertida e diferente a qualquer momento. Se você é apaixonado por Rock - ou se simplesmente gosta do gênero - o filme torna-se, então, uma obrigação.

Uma comédia de sucesso inesperado, com Rock 'n' Roll na medida certa e de ótima qualidade para quem curte o gênero.
Dez vez enquanto surgem esses tipos de filme, assim, do nada. Tornam-se a sensação do momento nas bilheterias e meses depois conquistam o público em diversos outros países. É mais ou menos essa mesma a história de Escola de Rock, um filme que tinha tudo para dar errado como um qualquer outro chamado Doze é Demais, mas que, pelo contrário, possui um ótimo ritmo, um elenco muito engraçado e, claro, muito Rock N’ Roll.

Para um filme com orçamento baixo, poucas estrelas (ou nenhuma, deveria dizer, afinal, Jack Black ainda está longe de ser considerado um “astro”) e inúmeros jovens talentos que até então você não havia nunca em sua vida ouvido falar, Escola de Rock foi uma grande surpresa nos EUA ano passado, ficando por semanas e mais semanas entre o top dos cinco filmes mais assistidos nos Estados Unidos. Mas não é para menos também, pois possui um bom humor contagiante ao máximo, impossível não sair do cinema com um sorriso no rosto. Aliás, você sairá, e das duas uma: ou irá querer rever o filme, ou irá querer entrar na loja de cd’s mais próxima para comprar a ótima trilha sonora da película.

O filme é dirigido pelo norte-americano Richard Linklater (que em sua carreira só constavam títulos menores como Walking Life, conhecido, mas não fez sucesso o bastante) e conta a história de Dewey Finn, um cara apático, mórbido, sedentário (“largadão” como diriam) e completamente apaixonado por Rock. Dewey divide apartamento com seu amigo Ned Scheenebly (Mike White), ex-integrante e companheiro de rock e a namorada dele, a austera Rosalie Mullins (Joan Cusak). A relação entre eles por si só já é engraçada. Rosalie manda em Ned e esse, com seu estilão “nerd complexado”, gosta bastante do amigo Dewey. Entretanto, Dewey não consegue fazer dinheiro em sua atual condição (roqueiro) e Rosalie fica pressionando Ned para que ele coloque um ponto final na questão com seu amigo, para que ele saia do apartamento, divido pelos três.

Então, em uma bela tarde, Dewey atende a um telefonema que era destinado a Ned, e assume o papel do amigo numa rígida escola de ensino fundamental em sua cidade. Pronto, está armado o circo. O filme possui uma ótima química entre o professor substituto (Dewey) e as crianças do seu início ao fim. A interação entre eles é muito bem construída, cada um com seu papel, perfeito. Todos na turma chamam atenção por algum motivo especial, mas aqueles que mais me chamaram a atenção foram a menininha Summer (é impossível falar dela sem um sorriso no rosto), a produtora da banda e o estilista da banda. É impossível não lembrar de sua fala e começar a rir imediatamente: “Liza Minnelli”, hilário!

Claro que a atuação de Jack Black está longe de ser considerada excelente ou coisa parecida, entretanto, o ator surpreende a todos enquanto está cantando, principalmente ao final do filme, mas não vou estragar a surpresa de ninguém por aqui. Apenas como detalhe ou curiosidade, gostaria de mencionar que Mike White, que faz o papel do verdadeiro Ned Scheenebly, também é nada mais nada menos que o roteirista do filme. White também escreveu outras boas produções como Por um Sentido na Vida, com Jennifer Aniston e também é muito conhecido no meio televisivo por ter trabalhado durante algum tempo na consagrada série Dawson’s Creek.

Escola de Rock como crítica social

É claro que todo bom filme que envolva rock e (parte) de uma ideologia rebelde ou simplesmente “libertadora” , como o próprio personagem de Dewey prega, deve possuir no fundo no fundo alguma crítica dirigida para algo ou alguém. E em Escola de Rock a história se repete. Muitos provavelmente nem terão percebido a crítica que o filme faz, entretanto, ela é clara é nos é jogada na cara com muita franqueza. O filme retrata a relação “aluno-professor” nas escolas norte-americanas; e como esse relacionamento, com o passar do tempo, vem ficando cada vez mais e mais formal e, claramente, rígido. A parte em que a diretora do colégio começa a “desabafar” para Dewey em seu carro (“Sabe... Eu já fui uma pessoa mais liberal, os alunos gostavam de mim, mas hoje...”, etc) retrata bem isso. Outro ponto muito bem explorado no filme é a pressão que os pais dessas crianças fazem sobre esses colégios e, conseqüentemente, sobre seus próprios filhos. A crítica, se você for olhar com bons olhos, não é destinada apenas a um ponto ou outro em especial, mas sim a todo sistema rígido e competitivo educacional norte-americano. Palmas para o diretor Richard Linklater.

It’s a Long Way To The Top If You Want Rock N’ Roll

E claro, como estamos falando de um filme que tem seu enredo inteiro voltado ao rock propriamente dito, não poderíamos deixar de comentar um pouco da trilha sonora de Escola de Rock. Como já havia dito antes, Jack Black provou ser uma surpresa e tanto nos vocais do filme. Vamos começar pela melhor seqüência musical do filme mesmo: “It’s a Long Way To The Top”, interpretada por Jack Black, junto a toda banda. É simplesmente demais. É impressionante como eles conseguiram juntar aqueles talentos mirins para tocar uma canção de “Classic Rock” como essa. Mas, com certeza, o mais engraçado nessa música são as menininhas (o trio arrebenta) de “Back Vocal” fazendo solo ao final do filme (sim, quando já estão rolando os créditos). É demais, contagiante e divertido.

A música composta pela banda, intitulada também de ‘School of Rock’, também é bem legalzinha e fora escrita pelo próprio roteirista do filme, Mike White. O filme ainda conta com grandes nomes na trilha, como The Who (Substitute), The Doors (Touch Me), Led Zeppelin (Immigrant Song), Stevie Nicks (Edge of Seventeen) e o antológico Ramones (My Brain is Hanging Upside Down).

Dito tudo isso, apenas posso recomendar que você assista a Escola de Rock a qualquer momento que você esteja disposto a encarar uma comédia divertida e diferente a qualquer momento. Se você é apaixonado por Rock - ou se simplesmente gosta do gênero - o filme torna-se, então, uma obrigação.

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